As indústrias alimentares devem ser concebidas com o objetivo da máxima eficiência produtiva, respeitando sempre as regras da segurança alimentar, ambiente e saúde no local de trabalho, numa ótica de implementação da certificação mais exigente que os clientes possam vir a exigir.
Assume por isso especial importância que, na sua conceção, esteja envolvida uma equipa pluridisciplinar, contando sempre com a participação muito próxima do promotor do projeto, que é o dono da obra, e é também quem melhor conhece o produto final.
No entanto, e visto tratar-se de uma unidade agroalimentar, o projeto deverá ser necessariamente e desde o início, acompanhado no seu desenvolvimento por especialistas detentores do conhecimento tecnológico relativo aos processos a desenvolver.
As fases do processo de conceção e construção de um estabelecimento industrial no setor alimentar são equivalentes às dos restantes estabelecimentos industriais, mas incluem logo desde o início a necessidade de especial atenção aos aspetos sanitários, que influenciam profundamente o desenvolvimento dos projetos até à sua conclusão, devido à necessidade de dar cumprimento às inúmeras e apertadas regras da legislação relacionada com a higiene e segurança alimentar.
E a Alicontrol concebe os projetos das indústrias alimentares em três momentos, do geral para o detalhe:
- Estudo prévio
- Anteprojeto
- Projetos de execução (arquitetura, estabilidade, projetos de especialidades, equipamentos de processo, etc.).
Dentro destas etapas, assume especial preponderância o momento do estudo prévio propriamente dito. Trata-se da primeira etapa, cujo resultado servirá de base ao desenvolvimento de todos os projetos (arquitetura, especialidades técnicas e engenharia), pelo que a mesma deverá estar suficientemente consolidada antes de se avançar para as etapas seguintes.
É nesta fase que se efetua o dimensionamento e organização do(s) espaço(s) necessário(s) para a unidade, nomeadamente:
- áreas de laboração propriamente ditas;
- zonas de armazenagem;
- áreas técnicas;
- áreas sociais/administrativas.
Esse dimensionamento deverá ser sempre precedido de um diagnóstico produtivo, tendo em conta as atividades a desenvolver, métodos e quantidades produtivas, salvaguardando sempre as perspetivas do crescimento futuro das operações.
É nesta fase que muitas vezes, junto do Dono de Obra, se discutem questões relativas às vendas e ao marketing, cujas tomadas de decisão tanto influenciam o output final. Na verdade, este processo serve muitas vezes para que internamente o cliente repense o projeto à medida em que os diversos temas vão sendo discutidos com a equipa de consultores, chegando-se muitas vezes a um resultado final bastante diferente do que se tinha pensado inicialmente.
Nesta fase assume igualmente muita importância a realização de uma auditoria QSA (Qualidade e Segurança Alimentar) ao projeto, para assegurar que o mesmo não compromete eventuais requisitos de certificação pelos referenciais de gestão da segurança alimentar em vigor (em especial a IFS, BRC, FSCC 2200 e ISO 22000).
Um estudo prévio bem concebido assegura que os pressupostos no desenvolvimento da unidade são cumpridos, e que a mesma é criada de acordo com os objetivos do negócio.
Acautela-se também deste modo uma adequação do investimento, garantindo, no entanto, a excelência do projeto. O tempo investido nesta fase é tempo ganho na fase de projeto, garantindo que o projeto de arquitetura, e depois os das especialidades, vão corresponder ao propósito da produção.